15 de setembro de 2008

Crítica - O Cheiro do Ralo


Tudo pela bunda...

Baseado na obra do quadrinhista Lourenço Mutarelli, dirigido pelo publicitário Heitor Dhalia, roteiro de Marçal Aquino e Dhalia, o filme pode ser definido como um novo fator no cinema Brasileiro.
Ganhador de prêmios como o de Melhor Filme no Festival de São Paulo, Melhor Filme Latino Americano no Festival de Cinema do Rio de Janeiro e também a participação da Seleção Oficial de 2007 do Sundance film Festival.

O filme conta a história de Lourenço (Selton Mello), comprador de objetos usados e dono da própria loja instaurada em um velho galpão. Protegido por uma irritante secretária e um engraçado segurança (o próprio Lourenço Mutarelli) o filme foca no perverso jogo mental que Lourenço faz com seus clientes nesse momento de íntima fraqueza de seus clientes.
Na premissa de que tudo está à venda, o personagem central zomba dos princípios de seus clientes e pondo em prática até onde as pessoas são capazes de chegar por dinheiro.

O filme funciona muito bem, pois é uma soma de fatores favoráveis que o compõem. O Uso adequado da trilha sonora muito bem composta, os enquadramentos perfeitos que remetem a veia publicitária de Dhalia, a história muito bem elaborada e diálogos bem estruturados que na mão de Dhalia seguem um caminho perfeito.
Mas meus ínfimos elogios vão para o bem elaborado personagem central desde filme. Selton mais uma vez rouba a cena com sua irredutível interpretação de um personagem controverso.
Notamos no desenvolver do filme a evolução do personagem que desce do “paraíso ao inferno” para no final do filme voltar ao paraíso mais uma vez, per calçando uma trajetória duvidosa e de certo modo doentia pela neurose do desagradável cheiro no banheiro de seu escritório.

Em suma, um filme que para um consenso geral pode ser maçante e até mesmo chato, mas que para mentes abertas o filme pode ser uma inovação do cinema brasileiro em todos seus aspectos, por isso, reafirmo que este filme pode ser definido como um novo fator do cinema brasileiro.

7 comentários:

Anônimo disse...

Sempre gosto de uns filmes q precisam pensar, o q eu raramente faço.. mas espero ver esse filme pra poder tirar minhas conclusões!!
BomBlog!
hahaa
abraço!

Anônimo disse...

Puta number one chegou!
Assim, eu não sou nem um pouco fã do cinema brasileiro, em parte pelo sotaque carioca de todos os malditos filmes (parece que ator "bom" é ator carioca), mas confesso que até fiquei com uma coceirinha de ver esse filme pela sua crítica. Parece ter aquele grau de neurose que vc gosta - logo, devo gostar também.
Great crítica.

besos

Fábio Galdino disse...

Escever é possível a qualquer ser humano racional, segundo as concepções gerais. Você, um ser insano e irracional, consegue escrever sobre cinema e o pior... consegue escrever bem. Essa coisa da sétima arte deve ser coisa pra pessoas um tanto quanto desequilibradas, que conseguem com seu desequilibrio, desestabilizar todo o resto. Adorei o blog e em relação a pessoa que você é, acho que não preciso dizer nada...

beijao e escreva sempre

Anônimo disse...

atualiza, porra!

Gabriel disse...

Eu sou da mesma opinião que a Denise, Não sou nem um pouco fã de filme brasileiro, mas estou curiosa pra ve esse... =]
Bjuuuuuuuuuuu

Gabriel disse...

ps= Do atualize porra não sou da mesma opinião que ela, pois é a primeira vez que visito esse blog..
bju

Anônimo disse...

adoreeeeei a crítica.
direção de câmera publicitária, o cara foi foda vai.

prestenção: o poder dele em plano próximo dentro do escritório e a mediocridade quando ele tá fora, sempre em plano geral..

"me dá tua alma por um troco?" o ser humano fede, todo mundo ali....só o violinista não vendeu a alma e sentiu o cheiro do ralo (fiho da puta) srsrsrs